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sábado, 30 de novembro de 2013

Dois monumentos à beleza

1) Schubert, Quinteto 596 
Observação: Já se havia publicado aqui uma interpretação desta obra, a cujo Adagio o pianista Arthur Rubinstein chamava “the entrance to heaven”; mas esta versão é muito superior àquela. Destacam-se em particular a primeiro violino e o primeiro violoncelo.

 

2) Mozart Clarinet Concerto K. 622 

Observação: Repare-se especialmente na delicadeza do Adagio. É a paz em música.

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A Arte do Piano Elevada à Perfeição - Glenn Gould: Bach Goldberg Variations 1981

C. N.

Como diz Sylvio Lago, as execuções gouldianas de Bach são “apuradas em todos os sentidos, com um toucher primoroso e que pela sua perfeição nos permite imaginar um bordado traçado a mão livre”. Tudo aqui é perfeito: completo domínio da dinâmica do instrumento, com extraordinária acumulação de intensidade; raro equilíbrio das duas mãos e rara capacidade de sustentação rítmica; além de absoluta prevalência da clareza polifônica – como já se disse, ouvir a Gould é como ver uma radiografia da música. Esteja ele a imprimir-lhe uma lentidão quase musicalmente impossível, ou a atacar o teclado com virilidade inigualável, eis que se nos depara cada nota em toda a sua limpidez. Mais: eis que se nos depara o mesmo Bach em toda a sua luminosidade.   

Em tempo: Todas e quaisquer excentricidades são de todo acidentais ao que de fato nos interessa aqui: a música.



sábado, 16 de novembro de 2013

Uma pérola: J. S. Bach, Concerto for 4 Pianos and Orchestra, BWV 1065

    Música superior (vide especialmente o segundo movimento), grandes músicos e, uma vez mais e sempre, a incalculável superioridade dos instrumentos modernos.