quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
sábado, 24 de dezembro de 2016
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
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domingo, 11 de dezembro de 2016
sábado, 10 de dezembro de 2016
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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
quarta-feira, 7 de dezembro de 2016
Bach: Erbarme dich - Marianne Beate Kielland (belíssima interpretação)
Erbarme dich, mein Gott,
um meiner Zähren willen!
Schaue hier, Herz und Auge
weint vor dir bitterlich.
Erbarme dich, mein Gott.
Tem misericórdia, meu Deus,
por causa de minhas lágrimas!
Olha aqui, coração e olhos
a chorar amargamente diante de ti.
Tem misericórdia, meu Deus.
A morte católica do compositor Frédéric Chopin
![]() |
A morte de Chopin |
O sacerdote Jelowick, numa carta à Sra. Saveria Grocholska, em Paris e
datada de 21 de outubro de 1849, relata assim a morte de Frédéric Chopin (1810-1849), o
célebre compositor polonês naturalizado francês:
“Estimadíssima senhora: Estou ainda sob a impressão da morte de Chopin, que ocorreu em 17 de
outubro deste ano. Havia muito tempo a vida de Chopin se mantinha por um fio.
Seu organismo, sempre delicado e fraco, consumia-se dia a dia como a chama de
seu gênio.
Todos se admiravam de que num corpo tão extenuado pudesse sobreviver a
alma que tinha, da agudeza de seu intelecto ao ardor do seu coração. Seu rosto,
como o alabastro, estava frio, branco e transparente; e de seus olhos, muitas
vezes velados numa nuvem, refulgia ainda o brilho de um olhar vivo. Normalmente
doce, afável, exuberante de espírito e de outras atraentes qualidades, parecia
desprender-se da terra.
Mas ah! Infelizmente, ele
não pensava no Céu. Bons amigos, tinha-os poucos e de pouca fé, não em sua
arte, da qual eram adoradores, mas em crenças mais elevadas. A piedade, que
Chopin recebera no seio de sua mãe, polonesa, era para ele uma distante
recordação materna. A irreligiosidade de seus companheiros infiltrara-se em seu
ânimo e espalhara-se por sua alma como uma nuvem cinza de desespero. Apenas sua
refinada educação o impedia de fazer mofa ou escárnio da Religião. Em tão
deplorável estado moral, foi acometido da grave doença no peito. Vieram dias em
que lhe faltava a respiração, e já se advertia próximo seu fim ao abandoná-lo a
presença de espírito. Todos se viram presas do mesmo temor e silenciosamente
entraram no quarto, à espera do último momento. Nessa altura Chopin, cuja alma
tinha reagido naqueles dias, devido às exortações que eu, como velho amigo, lhe
dera, abriu os olhos e disse: “O que
todos fazem aqui? Por que não rezam?”
Dia e noite, continuamente, tinha suas mãos
entre as minhas, para dizer-me: “Tu não me abandonarás no instante decisivo”, e apoiava a cabeça sobre meu ombro, assim como uma criança se refugia
em sua mãe quando percebe o perigo.
De vez em quando, com êxtase de fé, de esperança, de grande amor, ele
beijava um crucifixo. Em outros momentos falava com ternura, dizendo: “Amo a Deus e amo os homens… Está bem morrer
assim… Minha irmã predileta, não chores… Não choreis, meus amigos… Estou feliz…
Rogai por minha alma…” Outras vezes, ao dirigir-se aos médicos que lutavam para
salvar-lhe a vida, exclamava: “Deixai-me assim, Deus me perdoou e me chama para
seu seio,” e em seguida: “Bela ciência, que prolonga os sofrimentos!…”
Ao aproximar-se a morte, Chopin voltou novamente a invocar o nome de
Deus, beijou o crucifixo e proferiu as seguintes palavras: “Eu já me encontro na fonte da felicidade”, e expirou, confortada sua alma pela mais doce serenidade.
Assim morreu Chopin. Rogai por ele, senhora.”
Fonte: http://adelantelafe.com/la-muerte-frederic-chopin-imperdible/.