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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Bruckner, Symphony No 7 E major (Eugen Jochum, Concertgebouw)

C. N.

Esta sinfonia, que é não só uma das maiores sinfonias mas uma das maiores peças musicais – e entre estas estão pelo menos quatro outras sinfonias de Bruckner –, é, ademais, como uma longa procissão, ou como uma longa oração, composta e (corretamente) executada como de joelhos e com a alma tomada de verdadeira e contida emoção ante o divino. A solenidade de fundo religioso é sua marca. É uma catedral sonora, um análogo das grandes catedrais góticas ou barrocas.   
Desta fonte beberam – muito bem, e cada um à sua maneira – Hans Rott em sua única sinfonia, o Gustav Mahler da Sinfonia 2 até pelo menos a 5, Franz Schmidt em suas quatro sinfonias, o Erkki Melartin da Sinfonia 3 e da 6, e Richard Wetz em suas três sinfonias; e ainda, de certo modo, o Einojuhani Rautavaara da Sinfonia 3, da 7 e da 8 (as outras são cacofônicas em algum grau), o Egon Wellesz da Sinfonia 1 e da 2 (as outras também são cacofônicas em algum grau), e outros.
E valem para as sinfonias de Bruckner o que escreveu o maestro Mahler na capa da partitura do Te Deum bruckneriano, em lugar de “para solistas, coro, órgão e orquestra”: “Para as vozes dos anjos abençoados pelo Céu, para os corações puros e para as almas purificadas pelo fogo”.  

Em tempo. O maestro Eugen Jochum é o regente bruckneriano por excelência. Ao lado de suas versões das sinfonias de Bruckner, as de todos os demais empalidecem em algum grau ou de algum modo. Este vídeo histórico é de guardar.


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