quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
quinta-feira, 18 de dezembro de 2014
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Richard Wetz - Requiem (1920)
C. N.
O alemão Richard Wetz (1875-1935) é autor de três belas sinfonias, influídas todas pela música bruckneriana – e vai-se vendo cada vez mais que Bruckner é o verdadeiro pai não da sinfonia moderna, mas da grande sinfonia moderna (Mahler, Melartin, Schmidt, Wetz, Rott...). Falarei também das peças de Wetz na série sobre A Sinfonia. Por ora, fique-se com seu Requiem, de veia sinfônica.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Música japonesa com grandes instrumentistas
C. N.
Recomendo vivamente
estes dois CDs: Japanese
Folk Melodies, com Jean-Pierre Rampal na flauta, e Sakura-Japanese
Melodies for Flute and Harp, com Rampal e Laskine. Conheço um pai que
fundou a educação musical de seu filho, desde a mais tenra idade, em Mozart e
nestes dois CDs – e afianço que com resultados magníficos.
Mas para todos são uma
rara oportunidade de conhecer a bela música nipônica. E nunca é demasiado
lembrar que do Japão nos vieram grandíssimas formas artísticas e grandíssimos
artistas: por exemplo, o haicai (ainda que nem sempre por seu fundo), e, no
cinema, o Kurosawa de Céu e Inferno e de Derzu
Uzala e, sobretudo, Yasujirō Ozu,
cuja cinematografia, à parte as limitações próprias da origem, é a mais pura
poesia do familiar e do doméstico. É obra sem similar, e conseguiu fazer até que,
sob sua influência, o entediante e confuso Wim Wenders realizasse seu único
filme com alguma vida (Paris, Texas).
Mas este é assunto para
outro espaço, em que me ocuparei do cinema. Por ora, fiquem com estas pérolas:
Moon Over the Ruined Castle
Sakura
Symphony No.3 in F-major, Op.40 (1907), de Erkki Melartin, um dos maiores sinfonistas
C. N.
Só a ditadura da cacofonia
instaurada no século XX – ditadura para a qual contribuíram a ganância da
indústria da música e o esnobismo fátuo do público – é capaz de explicar como podem
ter caído no esquecimento compositores como Erkki Melartin (Finlândia, 1875-1937). Esse homem de saúde delicada e de gênio, é
autor de grande quantidade de peças musicais, das mais variadas formas. Mas é
especialmente grande sinfonista, o que acabo de descobrir. Por isso mesmo, na
série sobre A Sinfonia tratarei
uma a uma também as suas seis. Deixo-lhes porém desde já uma que está entre
suas maiores, a terceira, digna de contar-se entre as de Bruckner, as de
Mahler, as de Schmidt; e desprezem a pintura que se estampa no Youtube: não tem
nada que ver com a obra.
Observação.
Contemporâneo e conterrâneo de Jean Sibelius (1865-1957) – que sempre escutou
com lágrimas nos olhos as sinfonias de Bruckner, para ele o maior compositor de
todos os tempos –, a obra do Melartin sinfonista tem influência múltipla:
Bruckner, Mahler, o mesmo Sibelius, etc. Mas não se trata de epígono: é
artista de voo próprio, e sua obra, como a de todos os grandes artistas, mescla
suas influências numa síntese de todo particular.
sábado, 22 de novembro de 2014
domingo, 16 de novembro de 2014
Angela Hewitt: Chromatic Fantasy & Fugue in D Minor, BWV 903 (J. S. Bach)
Em nossa opinião, Angela
Hewitt só não se equipara a Glenn Gould entre os pianistas que tocam Bach. Ela estará no Brasil, no ano que vem, para interpretar A Arte da Fuga. E
recomendo-lhes a entrevista que dá ao último número da revista Concerto, na qual defende brilhantemente
o uso superior do piano para a música de Bach e explica seus pontos de vista com respeito à complexa A Arte da Fuga.
Por ora, deleitemo-nos com sua versão de Fantasia
Cromática e Fuga.
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Grandes Compositores Ingleses - XV - Henry Purcell - "Hail! Bright Cecilia" (Ode a Santa Cecília)
O antepassado dos oratórios de Haendel. Magnífico.
Grandes Compositores Ingleses - XIV - Henry Purcell (1659-1695) - Music for the Funeral of Queen Mary
Um dos pontos altos da música de todos os tempos.
terça-feira, 11 de novembro de 2014
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
quarta-feira, 29 de outubro de 2014
O Haydn Sinfonista
O Haydn Sinfonista
C. N.
O
austríaco Franz Joseph Haydn (1732-1809) é um dos
dois principais compositores[1] do
Classicismo (o estilo que medeia entre o Barroco e o Romantismo), além de ser o inventor da sinfonia moderna.
Compôs 104 sinfonias
numeradas, e outras duas.[2]
Muitas se tornaram conhecidas por seu apelido: por exemplo, a Nº. 73 em Ré Maior (“A Caça”); a Nº. 85 em Si Bemol Maior (“A Rainha”); a
Nº. 92 em Sol Maior (“Oxford”); a Nº. 101 em Ré Menor (“The Clock”). Tais
apelidos recordam alguma impressão deixada por tais obras, ou alguma
circunstância de sua primeira execução, etc.
As primeiras datam de
1760. No entanto, conquanto seja o inventor desta grandiosa forma musical
moderna, suas primeiras sinfonias e tantas outras não merecem figurar entre o
melhor da arte sinfônica. São como exercícios para o que viria, e padecem não
raro da superficialidade que caracterizou parte da produção classicista. Eram,
se tal se pode dizer, peças aristocráticas tão delicadas como uma porcelana de
Sèvres, tão bordadas como um móvel Luís XV – ad nauseam –, e repletas tanto de alusões folclóricas e espirituosas
como de leve melancolia. São de um rococó après
la lettre.
Mas na segunda fase da
vida e da produção de Haydn o desenho de suas sinfonias começa a ampliar-se; sua
construção e sua orquestração tornam-se mais complexas; o que se expressa
faz-se mais profundo – por vezes, muito mais profundo. E, como atesta a quase
unanimidade dos estudiosos, sem dúvida alguma as mais importantes sinfonias
haydnianas são as doze (da 93 à 104) compostas para concertos em
Londres, e chamadas por isso mesmo “londrinas”.[3]
Passemos a descrevê-las sucintamente, mas de modo que contribua um pouco para
uma boa audição sua.[4]
sábado, 25 de outubro de 2014
Polifonia: onde, quando, como e por quê?
Nota do editor do blog: João Ganzarolli é um estudioso das
artes, e publicará em 2015, pela Editora
da UFRJ, o livro Uma história da música polifônica: vozes
medievais que iluminaram o Ocidente, com prefácio de Dom Félix Ferrá e orelha de Marcelo
Coutinho. O artigo que aqui se publica foi-nos generosamente enviado pelo mesmo
João Ganzarolli, a quem o agradecemos.
* * *
POLIFONIA
onde, quando, como e por quê?§
João Vicente Ganzarolli de Oliveira
Professor do Centro de Tecnologia da
Universidade Federal do Rio de Janeiro
A última palavra ainda não foi dita e
talvez nunca o seja quanto às origens da polifonia litúrgica ocidental. As incertezas
são muitas quando nos perguntamos pelo onde,
o quando, o como e o porquê de os clérigos
da Idade Média terem começado a misturar melodias dentro do mesmo intervalo de
tempo. Sabe-se que ela veio do Leste e já existia na Cristandade oriental do
século IV (possivelmente até entre os gregos antigos, conforme certas
indicações de Aristóteles, Aristoxeno e outros gigantes do paganismo helênico permitem
supor); mas carecemos da exatidão geográfica: Constantinopla, Alexandria e a
longínqua Geórgia são pontos prováveis dessa irradiação. Tampouco se pode
afirmar com segurança onde essas luzes brilharam pela primeira vez: Milão, Roma
e Metz disputam a primazia.
É incontestável que Jesus
e São Paulo cantavam, e que, para os primeiros cristãos, cantar e rezar era o
mesmo (cf. At 16,25; Ef 5,19; Col 3,16; Mt 26,30; e 1 Cor 10: 17). É uma
identidade que tem raízes mais profundas, e que vemos reiterada pelo neoplatônico
egípcio Plotino (séc. III d.C.), autor do sistema filosófico mais
espiritualizante de toda a Antiguidade (cf. Porfírio. Vita Plotini, I, 1). Datam do século IX os tratados Musica enchiriadis e o Scolica enchiriadis, nos quais se
encontram as mais antigas partituras de música polifônica ocidental. É nítido
que eles se completam, mas permanecem dúvidas quanto à sua autoria (Ubaldo de
Saint-Amand [c.840-930], Santo Odo de Cluny [878-942], outros sábios
carolíngios?); não sabemos nem mesmo se foram escritos pelo mesmo autor ou se
houve parceria na composição de um deles ou de ambos.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
A Sinfonia
Jospeh Haydn compôs 104 sinfonias e é o inventor da sinfonia moderna. |
C. N.
Origens
e invenção
I. Comecemos por dar o étimo da palavra sinfonia: o lat. symphonìa, ae (ou seja, “harmonia
de sons; grupo de músicos, de cantores, orquestra; depois, certo instrumento
musical [viela ou sanfona, ancestral dos instrumentos de corda])” < gr. symphonía,
as (ou seja, “concerto de várias vozes, ou de diversos instrumentos,
concerto instrumental”). Entre o latim e o português, provavelmente serviu de
intermediário o fr. symphonie,
ou melhor, siphonie (entre 1120 e 1150).
II. Entre o fim do Renascimento
e o início do Barroco, sinfonia era outro nome quer de canzona,
quer de fantasia, quer de ricercar ou ricercarta, formas afins à tradição polifônica. Algum tempo depois,
já em pleno Barroco, passou a denominar ou a sonata trio, ou certa
sorte de sonata para numerosos instrumentos, ou ainda, depois, certo prelúdio de peças instrumentais.
III. Por outro lado, do século XVII ao XVIII, passou a chamar-se sinfonia a qualquer prelúdio, a qualquer
interlúdio ou a qualquer poslúdio instrumentais de oratório ou de ópera, ou
seja, quaisquer seções que contrastassem com as majoritárias seções vocais.
IV. Uma de tais seções instrumentais era a sinfonia
em três movimentos de abertura da
ópera italiana, o mais das vezes composta em ré maior para potencializar o efeito de júbilo entre o naipe de
cordas. Os dois movimentos extremos eram de andamento rápido, e o central de
andamento lento, como nas óperas de Alessandro
Scarlatti (1660-1725).
V. Por outro lado, na França, a ouverture – isto é, a abertura francesa – era muito distinta
da abertura italiana, e em certo sentido lhe era o oposto. Composta de um só
movimento em a-b-a, contava com extremos
de andamento lento e seção intermediária de andamento algo mais rápido. Esta
foi a forma de abertura preferida de Georg Friedrich Händel
(1685-1759),
que porém a adaptou segundo seu gênio próprio.[1]
Com efeito, a maioria das óperas e dos oratórios de Händel começa
com uma ouverture, a que ele por vezes, porém, chama sinfonia –
Sinfony –, como n’O Messias. Não obstante, Händel também empregou
o prelúdio e o interlúdio orquestrais ao modo italiano; é o caso da Introduzione
de Delirio amoroso, HWV 99.
VI. Enquanto isso, a sinfonia em estilo italiano, com três
movimentos, começa a assemelhar-se ao concerto, ainda que, ao contrário deste,
não conte com solista. Assim, por exemplo, em Antonio
Lucio Vivaldi (1678-1741), cujas sinfonias-prelúdio de ópera efetivamente
se aproximam de seus concertos.
VII. O caso de Johann
Sebastian Bach (1685-1750) é mais complexo. Por vezes, valeu-se do nome sinfonia
à antiga, ou seja, para denominar peças instrumentais de um só movimento, como
as Invenções, BWV 787-801, polifônicas
a três partes ou vozes (instrumentais). Por outro lado, se uma obra vocal sua
começava com um ou mais movimentos instrumentais independentes, chamava-a ou sinfonia
ou sonata, e compunha-a antes em estilo italiano que em estilo francês.
Exemplos: a Sinfonia que abre duas de
suas cantatas seculares (Non sa che sia dolore, BWV 209, e Mer Hahn
en neue Obekeet, BWV 212) e a de abertura (seguida de adágio) do Oratório
da Páscoa, BWV 249.
VIII. Ao longo século XVIII, todavia, por um lado, abertura foi-se firmando como o nome próprio do prelúdio
instrumental de obra vocal ou operística, o qual, por sua vez, se firmava como
forma antes assemelhada à abertura italiana, mas com caracteres próprios: motivo
condutor, reexposição antecedida de algum desenvolvimento temático, clima de
expectativa, ou seja, de irresolução. Mas, por outro, firmou-se a sinfonia italiana em três movimentos como composição orquestral independente, de que
são exemplos as primeiras sinfonias
de Joseph Haydn (1732-1809) e de Wolfgang Amadeus Mozart
(1756-1791).[2]
IX. Sucede, porém, que o mesmo Haydn fez que a sinfonia italiana independente
(a de concerto) e a abertura ou suíte ao modo francês se reencontrassem, para
mesclá-las: aos três movimentos da sinfonia agregou um quarto, como terceiro
movimento. Era o minueto, até
então movimento próprio de suíte. Valeu-se, ademais, da forma sonata[3] de então (o que implicava, por exemplo,
a possibilidade de começar em andamento lento o primeiro dos quatro movimentos
da nova forma sinfônica).
Nascia a sinfonia moderna, a potencialmente mais bela e mais profunda das formas
musicais não religiosas.
[1] Mas ouverture
também passou a denominar o movimento introdutório de qualquer suíte, ou a
mesma suíte, como é o caso das Aberturas em Estilo
Francês ou Suítes Francesas, BWV
831, de Johann Sebastian Bach.
[3] Forma musical constituída de exposição, de desenvolvimento e de recapitulação, empregada a partir de Haydn no
primeiro movimento não só de sonatas e de concertos, mas também de sinfonias. Também se
diz sonata forma.
Beethoven - Wellington's Victory - With Cannons & Muskets - Doráti
Esta peça, como em parte a Sinfonia n. 6
do mesmo Beethoven, é da classe mais radical de música programática: atente-se à imitação do som de armas que se chocam, assim como
naquela sinfonia se ouve o gorjeio de pássaros. Não há nada disto, porém, na
peça de Byrd.
OBSERVAÇÃO: Antal Doráti é um grande maestro.
Grandes Compositores Ingleses - XII - William Byrd - The Battell
Magnífico.
Com o Philip Jones Brass Ensemble.
Regente: Elgar Howarth.
Quadro:
Gustav II Adolf dies at Lützen, de Carl Wahlbom.
Original titles: 00:00 The marche before the Battell 03:05 The souldiers sommons 03:59 The
marche of footemen 04:38 The marche of horsmen 05:20 The trumpetts 06:23 The
Irishe marche 07:21 The bagpipe and the drone 08:41 The flute and the droome
10:56 The marche to the fighte 12:13 (the battels be joyned) 12:51 The retreat
14:59 The buriing of the dead 16:44 The morris 17:29 Ye souliers dance 18:09
The morris (rep.) 18:46 The Galliarde for the Victorie 20:10 The marche before
the Battell (rep.).
Grandes Compositores Ingleses - VI - William Byrd - Mass for Five Voices
https://www.youtube.com/watch?v=4ZSB0WTyIrg
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
Arvo Pärt cria música dedicada aos videntes de Fátima
LUSA
12/10/2014 - 21:02
Depois de uma visita ao santuário de Fátima, em 2012, o compositor
estónio surpreendeu as autoridades religiosas com o manuscrito de Drei
Hirtenkinder aus Fatima – Os Três Pastorinhos de Fátima
Arvo Pärt, um dos maiores
compositores da actualidade, criou uma peça musical dedicada aos videntes de
Fátima cujo concerto de estreia deverá ocorrer na Sé de Lisboa a 20 de
Fevereiro de 2015, dia da festa litúrgica dos beatos.
Segundo
o jornal Voz da Fátima, publicado pelo
santuário, o compositor, nascido em 1935, esteve no templo em Maio de 2012, a
convite da instituição e no âmbito das comemorações do centenário dos
acontecimentos de Fátima, tendo sido depois desafiado a apresentar um testemunho
sobre a visita, para publicação na revista cultural Fátima
XXI, o mais recente projecto editorial do Santuário de Fátima.
"Arvo Pärt surpreendeu
e fez chegar ao santuário o manuscrito de uma composição musical, datada de 19
de Maio de 2014, dedicada aos pastorinhos e intitulada Drei
Hirtenkinder aus Fatima – Os Três Pastorinhos de Fátima",
lê-se no jornal Voz da Fátima, referindo que
se trata "de uma breve peça para coro misto a cappella" composta sobre um texto bíblico e
publicada na edição de Outubro da Fátima XXI.
Citado no jornal do
santuário, o produtor executivo da programação musical para o Centenário das
Aparições, Manuel Lourenço Silva, realça a importância deste autor no panorama
musical mundial, referindo que "integra aquilo a que se chama Holy
Minimalism, embora qualquer rótulo que se lhe queira atribuir
pareça inexacto ou parcial tendo em conta o seu percurso evolutivo e a
abrangência das suas obras".
"Utilizando
frequentemente a técnica tintinnabuli [pequenos sinos], formulada e nomeada
pelo próprio Pärt, a sua música é marcada por uma profunda
espiritualidade", refere Manuel Lourenço Silva. Considerando que
"a mensagem de Fátima sai enriquecida com este contributo", o
responsável adianta que "o nome de Fátima ficará registado no catálogo de
obras de um dos maiores compositores de sempre". Por outro lado,
"o título e o texto escolhidos para a composição musical que dedicou aos
pastorinhos destacam a importância das vozes das crianças enquanto
mensageiras", acrescenta.
Arvo Pärt é um dos mais destacados
compositores de música sacra, fortemente alicerçado na tradição gregoriana,
depois de a expressão neoclássica ter marcado o início do seu percurso. A
viragem deu-se no início da década de 1970, com a exploração da chamada técnica
de "tintinnabuli"
(pequenos sinos) – pequenas frases musicais ou "módulos" que Pärt sobrepõe ou contrapõe em
estruturas complexas que ganham em transparência e hipnotismo.
Tábula rasa, Fratres, Missa
Silábica, Kanon Pokajanen e Passio,
sobre o Evangelho segundo São João, contam-se entre as obras mais conhecidas
deste compositor.
[http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/compositor-estonio-arvo-part-cria-musica-dedicada-aos-videntes-1672689]
quarta-feira, 8 de outubro de 2014
quinta-feira, 2 de outubro de 2014
“Prélude, Choral et Fugue”, de César Franck
C. N.
O organista de igreja e compositor belga César
Franck (Liège, 10 de dezembro de 1822-Paris, 8 de novembro de 1890) é dono de um
repertório razoavelmente vasto, mas desigual. Infelizmente é mais conhecido
pelo meloso Panis Angelicus, de sua por outro lado bela Messe
à trois voix, op. 12. Seus pontos altos, porém, são altíssimos, em especial
as peças para órgão (aqui; aqui; aqui), às quais aplicou com grande felicidade sua
reinvenção da forma cíclica (uma extensão da forma sonata de dois temas); a Sonate pour violon [violino] et piano en la
majeur; e, ainda mais especialmente, o Prélude, Choral et Fugue, um dos ápices da música para piano solo. (Muitos
consideram o poema sinfônico Les Béatitudes sua obra máxima;
confesso, todavia, que ao menos até agora não posso senão discrepar dessa
consideração.)
Recomendo
vivamente o Prélude, Choral et Fugue na
interpretação magnífica de Jorge Bolet. Nesta homenagem
a Bach (com ecos distantes de Beethoven), a forma cíclica
atinge o apogeu, especialmente pela recapitulação na Fuga dos
temas do Prelúdio e do Coral, mas também pelas
complexas relações temáticas de que se tece toda a peça. Há porém muito mais de
notar, como o impressionante modo cromático, de todo próprio, de que Franck
permeia tanto o Coral como a Fuga.
A
peça como um todo é perfeitamente barroca, não fosse Franck um devoto de Bach. Em
todo o seu rico e tocante tecido, é como uma constante alternância entre a
angústia e a esperança, entre a escuridão e a luz, alternância que acaba por
resolver-se pela luz num extático final.
Boa
audição.
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
quarta-feira, 24 de setembro de 2014
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
terça-feira, 9 de setembro de 2014
Abertura de inscrições para a Turma 3 de “Por uma Filosofia Tomista”, curso on-line de Carlos Nougué
Turma 3 de
“Por uma Filosofia Tomista ”
Curso on-line de 60 horas ministrado por
Carlos Nougué
“A
felicidade última do homem está na contemplação da Verdade.”
Santo Tomás de Aquino
ABERTURA DAS INSCRIÇÕES PARA O CURSO
1) A partir de hoje, dia 10 de setembro de 2014, estão abertas as inscrições para o curso on-line Por uma Filosofia Tomista, de 60 horas (o equivalente a um curso de extensão universitária).
2) As inscrições permanecerão abertas e devem fazer-se em nosso site (cursos.carlosnougue.com.br).
2) As inscrições permanecerão abertas e devem fazer-se em nosso site (cursos.carlosnougue.com.br).
VALOR E FORMAS DE PAGAMENTO
1) Valor total:
a) ou R$ 300,00 em até 6 parcelas sem juros no cartão de crédito;
b) ou R$ 280,16 por pagamento à vista mediante débito on-line ou boleto bancário.
Observação: Ambas as formas de pagamento se farão, em nosso próprio site, mediante o PagSeguro.
2) Ao pagarem, os alunos-subscritores receberão automaticamente uma senha de acesso aos vídeos-aula (regulares e extras) e ao material de estudo.
INÍCIO E DURAÇÃO DO CURSO
1) O curso se iniciará no dia 15 de setembro próximo, com a postagem do primeiro vídeo.
2) Cada quinta-feira e cada segunda-feira será liberado aos alunos um novo vídeo. Mas os vídeos, depois de liberados, poderão ser vistos a qualquer dia e hora.
3) Os vídeos-aula permanecerão dez meses em nosso site a contar do mesmo dia 15 de setembro.
EMENTA DO CURSO
I) APRESENTAÇÃO GERAL: A necessidade de uma Filosofia tomista.
II) PREÂMBULO 1: Resumo da História da Filosofia – Do impulso grego ao abismo moderno.
III) PREÂMBULO 2: Se Santo Tomás era filósofo e/ou teólogo.
IV) PREÂMBULO 3: A essência da doutrina de Santo Tomás, ou se o tomismo é um aristotelismo.
V) PREÂMBULO 4: Como estudar a Filosofia, e em ordem a quê.
VI) INTRODUÇÃO GERAL À FILOSOFIA
A) AS PRIMEIRAS NOÇÕES
1) O ente e os primeiros princípios; 2) Ente e esse (ser ou ato de ser) – uma primeira aproximação; 3) A quididade das coisas; 4) O essencial e o acidental; 5) Existência e esse – uma primeira aproximação; 6) Substância e acidentes; 7) Semelhanças e diferenças; 8) A questão do an sit; 9) Divisão e definição; 10) Se os acidentes são entes e têm quididade; 11) Se as coisas artificiais têm quididade.
B) A PRIMEIRA OPERAÇÃO DO INTELECTO: A SIMPLES APREENSÃO
C) AS PROPRIEDADES DAS COISAS
D) A SEGUNDA OPERAÇÃO DO INTELECTO: O JUÍZO OU COMPOSIÇÃO
E) AS CAUSAS
F) A TERCEIRA OPERAÇÃO DO INTELECTO: O RACIOCÍNIO
VII) INTRODUÇÃO À LÓGICA:
1) A arte de pensar; 2) O que é a Lógica 3) O sujeito da Lógica; 4) As propriedades da Lógica. 5) O método da Lógica; 6) Lógica e Gramática; 7) Os universais.
VIII) INTRODUÇÃO À FÍSICA GERAL: 1) O que é a natureza; 2) Os princípios da natureza: ato e potência, etc.; 3) O que é a Física geral; 4) O sujeito da Física Geral; 5) Existência e esse – segunda aproximação; 6) As propriedades da Física geral; 7) O método da Física geral; 8) Em defesa da Física Geral aristotélico-tomista; 9) Se e em que caducou esta ciência; 10) Que classe de ciência é a Física moderna; 11) O que pensar da Biologia, da Psicologia, etc., atuais; 10) Uma crítica a Jacques Maritain.
IX) INTRODUÇÃO À METAFÍSICA:
1) Se tal ciência existe ou é válida ou necessária; 2) O sujeito da Metafísica; 3) Ente e esse – segunda aproximação; 4) As propriedades da Metafísica; 5) O método da Metafísica; 6) Diferença entre Teologia (ou Metafísica) e Sacra Teologia, e se elas se opõem; 7) As provas da existência de Deus; 8) O tratado de Deus uno;
X) A ORDEM GERAL DAS CIÊNCIAS E DAS ARTES.
XI) APÊNDICES:
1) Os transcendentais; 2) Se o mal é algo; 3) A alma humana e sua imortalidade; 4) A Política e sua ordem ao Fim último do homem; 5) O mundo poderia ter sido criado ab aeterno (desde a eternidade)?
XII) CONCLUSÃO DO CURSO
OBSERVAÇÃO: Os alunos da Turma 3 do Curso receberão todo o material escrito pelo professor e enviado aos alunos da Turma 1 e 2. São mais de 500 páginas de documentos imprescindíveis para a compreensão do curso e, sobretudo, de respostas a perguntas e dúvidas dos alunos. Mas os alunos da Turma 3 poderão fazer ao professor novas perguntas.
CURRÍCULO DE CARLOS NOUGUÉ
I) Dados pessoais:
Nome: Carlos (Augusto Ancêde) Nougué;
Nacionalidade: brasileira;
Idade: 61 anos.
II) Qualificações profissionais:
1) Professor de Filosofia por diversos lugares;
2) Professor de Tradução e de Língua Portuguesa em nível de Pós-graduação;
3) Tradutor de Filosofia, Teologia e Literatura (do francês, do latim, do espanhol e do inglês);
4) Lexicógrafo.
III) Prêmio e indicações para prêmio:
• Prêmio Jabuti de Tradução/1993;
• Indicação ao Prêmio Jabuti/1998;
• Finalista do Prêmio Jabuti/2005 pela tradução de D. Quixote da Mancha, de Miguel de Cervantes (edição oficial do Quarto Centenário da edição princeps).
IV) Responsável pelos seguintes blogs:
• Estudos Tomistas (http://www.estudostomistas.blogspot.com.br/);
• A Boa Música (http://aboamusicacat.blogspot.com.br/).
Observação geral: Há em nosso site uma seção chamada Perguntas Mais Frequentes (F.A.Q.), em que cremos responder a todas as possíveis dúvidas a respeito do Curso. Caso, porém, persista alguma dificuldade, escreva-se para Marcel Assunção Barboza (cursos@carlosnougue.com.br).
VÍDEOS DE APRESENTAÇÃO
___________
Uma iniciativa conjunta
Central de Cursos Contemplatio
Associação Cultural Santo Tomás
domingo, 7 de setembro de 2014
Os Piano Trios de Haydn com o Beaux Arts Trio
Além de ter sido o aperfeiçoador do Piano Trio (ou seja, a música composta para piano, violino e violoncelo), Joseph Haydn jamais foi superado neste mesmo gênero; e os nove CDs dos Complete Piano Trios (Die Klaviertrios) do compositor austríaco pelo Beaux Arts Trio tampouco foram superados. Recomendo-os vivamente.
Em tempo: como veremos na série sobre a Sinfonia, Haydn também foi o que mais propriamente se pode dizer o criador desta.
terça-feira, 19 de agosto de 2014
Sublime: Arvo Pärt - "Vater unser" (Pai-Nosso) [Andreas Scholl & soloist of Morphing Chamber Orchestra]
Naturalmente,
sublime é a música, bem como a interpretação.
Quase tudo o mais é de péssimo gosto.
Quase tudo o mais é de péssimo gosto.
sábado, 9 de agosto de 2014
“Bach: The Organ Works”, por Helmut Walcha
A obra de Johann Sebastian Bach para órgão é sem igual no gênero. E também sem igual, parece-nos, é a gravação dela por Helmut Walcha (Box set, Collector’s Edition, 12 CDs).
Helmut Walcha nasceu em 1907, em Leipzig, e faleceu em 1991, em Frankfurt. O mais surpreendente deste grande músico é que ficou cego aos 19 anos após receber uma vacina contra a varíola.
Sua integral das peças de Bach para órgão supera em profundidade e gravidade a todas as demais gravações. Damos abaixo um exemplo.
Assinar:
Postagens (Atom)